Uma operação da Polícia Federal, em conjunto com a Polícia Militar Ambiental deflagrou uma ação para o combate ao tráfico de animais silvestres e exóticos a partir de Santa Catarina. Quatro mandados de busca e apreensão são cumpridos na em Lages, na Serra Catarinense.
O inquérito teve início neste ano após recebimento de uma denúncia. A partir disso, os agentes realizaram o monitoramento de redes sociais, onde se identificou a possível existência de uma associação criminosa que atuava na comercialização dos animais pela internet, como cobras, aranhas e pássaros.
A investigação identificou que alguns dos animais vendidos, além de pertencerem a espécies exóticas proibidas no Brasil, também se encontram em risco de extinção em seus habitats originários.
Os policiais identificaram que o envio dos animais ocorria, principalmente, por meio de caixas de papelão, despachadas para outros estados em condições completamente inadequadas e degradantes para os animais.
As investigações também apontaram a participação de um médico veterinário na quadrilha. O profissional pode vir a ser indiciado como um dos coautores dos delitos.
O inquérito continua. Os investigados podem ser presos pelo crime de maus tratos aos animais, receptação qualificada e associação criminosa, cujas penas máximas somadas podem chegar a 12 anos de prisão, além de receber multas administrativas aplicadas pelos órgãos ambientais