Os prefeitos Antônio Ceron, de Lages, na Serra Catarinense, e Vicente Corrêa Costa, de Capivari de Baixo, no Sul do estado, foram presos preventivamente nesta quinta-feira (2), na segunda fase da Operação Mensageiro, que investiga suspeita de corrupção fraude em licitação e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina. Ambas as prefeituras confirmam as “detenções”. Dois secretários de Lages também foram detidos.
Na primeira fase, ocorrida em dezembro de 2022, outros quatro prefeitos já haviam sido presos: Marlon Neuber (Itapoá), Antônio Rodrigues (Balneário Barra do Sul), Luiz Henrique Saliba (Papanduva) e Deyvison Souza (Pescaria Brava).
As novas ordens judiciais foram expedidas depois da análise dos depoimentos das testemunhas, dos investigados e das provas coletadas na primeira fase.
Ceron e Costa foram encaminhados à sede da Polícia Civil em Florianópolis para prestar esclarecimentos. Por mensagem, o advogado do prefeito de Lages informou que “no fim da tarde, após ter acesso aos autos, emitirá uma nota oficial”. Já a prefeitura de Capivari de Baixo afirmou que a administração pública não irá se manifestar sobre a prisão.
A segunda fase da Operação Mensageiro foi deflagrada nesta quinta-feira e cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão. A investigação corre em segredo de justiça.
A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especial Anticorrupção (Geac). O objetivo é apurar a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro na coleta e destinação de lixo em várias cidades de Santa Catarina.