O Governo Federal anunciou na segunda-feira (20), a retomada do programa Mais Médicos para o Brasil, com a abertura de 15 mil novas vagas. O evento de lançamento ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O objetivo do programa é que, até o fim do ano, cerca de 28 mil profissionais estejam fixados em todo o país, principalmente em áreas de extrema pobreza, garantindo assim o atendimento médico na atenção primária para 96 milhões de brasileiros. Esse primeiro atendimento faz o acompanhamento da situação de saúde da população, prevenção e redução de agravos.
Cinco mil vagas serão abertas por meio de edital já neste mês de março e as outras 10 mil vagas serão oferecidas em um formato que prevê contrapartida dos municípios. O investimento por parte do governo federal é de R$ 712 milhões neste ano.
Podem participar dos editais do Mais Médicos para o Brasil profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil têm preferência na seleção.
Para reduzir a rotatividade dos profissionais, o Mais Médicos para o Brasil oferece mais oportunidades educacionais e de formação. O médico que participa do programa poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcional ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões remotas.
O programa também quer atrair os profissionais formados com apoio do governo federal. Os beneficiados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) que participarem do programa poderão receber incentivos, o que ajudará no pagamento da dívida.
De acordo com o Governo, o programa Mais Médicos representa uma importante e inédita iniciativa no provimento de médicos. Criado em 2013 durante o governo da presidenta Dilma Rousseff, nos últimos quatro anos o programa sofreu com falta de incentivos. O ano de 2022 foi o período de maior desassistência profissional nos municípios desde o começo da série histórica.