Segundo relato do pai de um dos alunos presentes na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, durante o ataque desta segunda-feira (27), seu filho tentou salvar uma das professoras agredidas pelo jovem de 13 anos que esfaqueou quatro educadoras e um colega de classe.
Ronaldo Borges afirmou que o filho está bem, apesar dos ferimentos sofridos, mas que infelizmente não conseguiu salvar a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que teve uma parada cardíaca após ser esfaqueada pelo agressor. “Meu filho está bem. Infelizmente, a professora foi embora. Ele tentou defender. Infelizmente, perdeu”, relatou Borges.
O pai do aluno ferido também descreveu o agressor como “um aluno doente” e disse que seu filho levou facadas no braço, costas e supercílio, aparentemente para protegê-la. “Pelo que deu para ver, a facada foi para acertar ele. No braço, nas costas, no supercílio. Estudavam juntos na mesma sala”, acrescentou.
A mãe de outro aluno da escola, que preferiu não se identificar, confirmou que o estudante de Ronaldo Borges foi o único ferido durante o ataque.
Ligação com racismo
Um ataque violento ocorreu na manhã desta segunda-feira (27) na Escola Estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos esfaqueou um aluno e quatro professoras, deixando uma delas em estado grave. Segundo informações de testemunhas, o agressor teria sido advertido após um episódio de racismo dentro da escola.
De acordo com relatos de um estudante à Polícia Militar, na semana passada ocorreu uma briga na escola por causa de racismo. O autor do crime proferiu ataques racistas contra um colega, chamando-o de “macaco”. O menino que o defendeu dos xingamentos é uma das vítimas do ataque ocorrido na escola nesta manhã. A vítima de racismo não compareceu à escola hoje.
O crime aconteceu por volta das 7h20, logo após a abertura dos portões da escola. O adolescente foi contido pelas professoras, mas uma das vítimas, a educadora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, teve uma parada cardíaca e morreu no Hospital Universitário, da USP.
Segundo relatos de uma estudante, a professora foi defender o menino e acabou sendo esfaqueada pelo agressor. Os alunos estão sendo liberados gradativamente, enquanto pais e familiares aguardam desesperados em frente à escola. As aulas foram canceladas.
Uma mãe de aluno relatou à TV Record que as brigas na escola são frequentes e citou o ocorrido da semana passada. “Na sala do meu filho, teve briga entre os alunos por racismo. Um chamou o outro de macaco, pularam um em cima do outro e meteram socos. Meu menino tentou ajudar a separar os dois. Estou até com medo de que o motivo da briga de hoje seja esse”, disse a mãe.
O agressor entrou na sala com uma máscara preta e começou a golpear uma das professoras pelas costas, segundo relatos. O agressor e os outros alunos foram interrogados nesta manhã.