Em novembro, o governo de Jorginho Mello planeja lançar o programa CNH Social. Este programa, apresentado aos operadores dos serviços de trânsito na última quarta-feira (4), visa proporcionar o curso de formação de condutores e a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com 50% de redução no preço atualmente praticado. As informações são do colunista Renato Igor ao NSC Total.
Com um investimento previsto de R$ 47 milhões para os próximos três anos, a expectativa é que o programa beneficie 24 mil pessoas. Destas, metade será destinada às categorias C, D e E, enquanto a outra metade focará nas categorias A e B e na mudança de categoria.
Jorginho ressaltou a existência de 12 mil vagas de emprego em aberto para motoristas nas categorias C, D e E em Santa Catarina. Segundo ele, ao facilitar o acesso à CNH, haverá estímulo ao desenvolvimento da atividade econômica na região.
No entanto, a proposta enfrentou críticas. Yomara Ribeiro, presidente da Associação de Trânsito do Estado de Santa Catarina (Atraesc), questionou a falta de diálogo com o setor. Segundo ela, o valor proposto pelo governo, equivalente a 50% do valor atual, não cobrirá os custos associados aos Centros de Formação de Condutores (CFCs).
Kennedy Nunes, presidente do Detran-SC, defendeu a iniciativa, argumentando que haverá um edital para adquirir as vagas ociosas dos CFCs. Ele citou a exigência de CNH para concursos, como o da PM, e as dificuldades financeiras enfrentadas por muitos interessados.
A medida tem como intuito promover o desenvolvimento econômico ao subsidiar parte dos custos associados à obtenção da CNH. No entanto, questionamentos surgem sobre a eficácia desta relação de causa e efeito.
Por fim, há uma expectativa crescente de que a qualidade da formação dos condutores não seja comprometida, dada a alta taxa de acidentes nas estradas brasileiras. A esperança é que os novos motoristas estejam adequadamente preparados.