Na manhã desta quarta-feira (1º), a Polícia Civil realizou uma operação em Itajaí visando uma moradora que, segundo investigações, tentou aplicar um golpe no governo de Santa Catarina. A mulher, de 34 anos, é suspeita de se fazer passar pela ministra da Saúde com a intenção de solicitar um cargo de gestão para si mesma na Secretaria de Estado da Saúde.
Leonardo Silva, delegado responsável pelo caso, informou que a suspeita buscava a nomeação para uma posição com salário superior. Alegando ser a ministra Nísia Trindade, a investigada prometeu repasses de valores ao governo estadual. No entanto, a Secretaria de Estado da Saúde desconfiou e, ao contatar o governo federal, percebeu a tentativa de fraude.
O caso só veio à tona graças à denúncia feita pelo governo estadual à Polícia Civil. “Iniciamos um inquérito para apurar o crime de estelionato. A investigação ainda está em andamento, mas os indícios apontam para uma tentativa de estelionato, uma vez que o golpe não foi bem-sucedido”, declarou Silva.
Durante a operação, foram apreendidos o celular usado pela suspeita para se passar pela ministra da Saúde e seu telefone pessoal. Além disso, um diploma de enfermagem oriundo do Rio de Janeiro também foi recolhido para averiguação de sua autenticidade.
De acordo com informações da Polícia Civil, a mulher possui antecedentes criminais relacionados a práticas semelhantes nos estados de Goiás e Rondônia. A investigada é natural do Pará.
A suspeita, que ocupou o cargo de gerente de unidade na Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí, foi promovida a diretora de Atenção à Saúde em setembro. Na ocasião, houve denúncias de que ela não possuía formação em enfermagem, conforme afirmava. Segundo registros da transparência, ela ainda mantinha seu cargo este mês.
A prefeitura de Itajaí, anteriormente, garantiu que todos os documentos requeridos para a contratação foram apresentados pela servidora. Em nota, a prefeitura relatou que, após uma análise inicial, “não foram encontradas irregularidades para o cargo ocupado”. Contudo, diante da operação policial, a administração municipal afirmou que tomará as medidas necessárias caso seja confirmado o envolvimento da servidora.
O Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren-SC) esclareceu que a profissional está inscrita no Coren-GO e solicitou transferência para o estado catarinense. A análise desse pedido ainda está em curso.