O delegado Alison Rocha, plantonista da Polícia Civil de Itapema, detalhou o que levou ao crime bárbaro registrado neste final de semana em Itapema. Na madrugada de sábado (09), o jovem Murilo Schroer de 19 anos foi morto e queimado no bairro Morretes, ele era morador de Bombinhas.
Durante entrevista para o Visor Notícias Manhã desta terça-feira (12) o delegado classificou o crime como cruel. Ele afirmou que as agressões a socos, chutes e pedradas em Murilo duraram pelo menos 10 minutos.
Antes do crime, houve uma ocorrência de perturbação do sossego. “Murilo estava em seu carro com um dos autores do crime. Eles foram abordados pela Polícia Militar e foram liberados em seguida”, afirmou o delegado.
Ainda segundo Alison, o jovem veio a Itapema a convite de uma colega e, a partir dela, conheceu os quatro criminosos que viriam a tirar sua vida, um maior de idade e três adolescentes.
Questionado sobre a motivação do crime, o delegado explicou em detalhes o que aconteceu: “Um dos suspeitos nos confirmou o motivo da execução e o detalhamento da participação de todos eles no crime. Murilo e os criminosos estavam se deslocando de Itapema para Porto Belo quando o carona se incomodou com o volume do som do carro e houve uma discussão dentro do veículo. Murilo e o carona acabaram brigando dentro do carro. A vítima então saiu do carro e tentou fugir, mas os quatro começaram a agredi-lo com pedras, socos e chutes. As agressões duraram entre oito a dez minutos”.
Após as agressões, os quatro criminosos foram embora com o carro de Murilo e voltaram uma hora depois com um colchão encharcado com material inflamável. Eles jogaram o colchão em cima do corpo da vítima e atearam fogo. A ideia era não deixar vestígios.
Os suspeitos foram abordados depois do crime, dirigindo o carro da vítima. O veículo tinha marcas de sangue, bem como o chinelo do motorista. Eles foram interrogados e confessaram o crime. Perguntados sobre a brutalidade do assassinato, responderam que estavam com “o demônio no corpo”.
Imagens de câmeras de segurança da região foram essenciais para a resolução rápida do crime pela Polícia Civil. Segundo o delegado, os quatro criminosos já têm passagens pela polícia. Os menores foram apreendidos e o maior de idade foi preso, ele pode pegar até 20 anos de prisão pelo crime. A Polícia Civil continua atuando no caso e mais informações sobre o assassinato devem ser coletadas durante a semana.