Na última semana, o Banco Central (BC) elevou de 1% para 1,7% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022. O indicador é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país. O órgão explicou que a melhora tem relação com os resultados da economia nos primeiros três meses de 2022, por conta do aumento do consumo das famílias brasileiras. Entretanto, de acordo com o órgão, o crescimento econômico brasileiro deve ser menor no segundo semestre do ano.
No ano passado, o crescimento foi de 4,6%, totalizando R$ 8,7 trilhões. Segundo o economista da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC), Alison Fiuza, no primeiro trimestre de 2022, os resultados estão relacionados à recuperação e normalização em relação às restrições impostas pela pandemia. Além disso, os estímulos econômicos, como a ampliação do Auxílio Brasil, adiantamento de 13º salários aos beneficiários do INSS e saque do FGTS.
O presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), Sérgio Rodrigues Alves, afirma que, pelo crescimento e recuperação da economia do país, já esperava um crescimento maior do PIB do que o estimado pelos economistas. “Alguns setores se destacam, como o setor da agroindústria, automotivo, construção, mineração principalmente e os setores de serviço, como o turismo”, afirma.
Para o segundo semestre do ano, o BC espera um crescimento menor dos setores e serviços brasileiros causado, principalmente, pela guerra na Ucrânia e desaceleração da economia global. “Ainda estamos passando e vivendo no rescaldo da pandemia e a inflação continua pressionando demais a renda familiar e, sem dúvida, por ser um ano de eleições, é um ano que dificulta fazer avaliações ou prognósticos, principalmente falando do segundo semestre”, conclui o presidente da Facisc.
Juros elevados
Na segunda semana de junho, o Copom elevou a taxa Selic de 12,75% para 13,25%, com o objetivo de conter o aumento da inflação. Essa é a décima primeira alta seguida da taxa básica de juros, que alcança o seu maior patamar desde dezembro de 2016. Com o aumento, os juros de empréstimos e financiamentos ficam ainda mais altos.
RCN