O senador Fernando Bezerra Coelho, do MDB de Pernambuco, líder do governo Bolsonaro no Senado, é alvo da Operação Turbulência da Polícia Federal, realizada nesta quinta-feira (19) no Congresso.
A PF também mira o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), filho do senador. Mais de 40 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela Polícia Federal. Alguns em gabinetes de Coelho no Senado, outros em Fernando Filho, na Câmara, também em Petrolina, reduto político dos Coelho, no Recife e João Pessoa
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou as ações. Fernando Bezerra Coelho assumiu a liderança do governo Bolsonaro em fevereiro na tentativa de aproximação do MDB, partido que possui a maior bancada no Senado. O senador era alvo de três inquéritos correspondentes a Operação Lava Jato e seus desdobramentos quando assumiu.
O inquérito apura desvio de dinheiro público nas obras da Transposição do Rio São Francisco. A suspeita é de que dinheiro de contratos superfaturados ou fictícios de obras vinculadas ao Ministério da Integração Nacional tenha sido desviado para campanhas dos políticos.
Os fatos investigados são do período em que Fernando Bezerra Coelho era ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff (PT).
Defesas
Fernando Bezerra Coelho
“Causa estranheza à defesa do senador Fernando Bezerra Coelho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos que não guardam qualquer razão de contemporaneidade com o objeto da investigação. A única justificativa do pedido seria em razão da atuação política e combativa do senador contra determinados interesses dos órgãos de persecução penal.”
Fernando Filho
“Causa estranheza à defesa do deputado Fernando Filho que medidas cautelares sejam decretadas em razão de fatos pretéritos sem contemporaneidade e que não guardariam hoje qualquer justificativa com o objeto da investigação. A defesa ainda não teve acesso ao pedido e à decisão do ministro que autorizou as medidas, mas pode afirmar que as medidas são desnecessárias e extemporâneas.”