A frente fria associada a um ciclone extratropical que atinge Florianópolis nesta quinta-feira (13) trouxe consigo fortes ventos e baixas temperaturas, mas também favoreceu o surgimento de tainhas, muito apreciadas pelos pescadores da região.
O fenômeno climático que sacudiu todas as regiões de Florianópolis teve um efeito colateral bem-vindo. Segundo Adriano Weickert, subsecretário da Pesca, Maricultura e Agricultura da cidade, as temperaturas mais baixas incentivam o aparecimento de tainhas, peixes muito procurados durante sua safra.
“O frio favorece o aparecimento da tainha, mas a velocidade da corrente marítima também é um fator crucial”, explicou Weickert.
O dia, apesar das condições climáticas adversas, mostrou-se bastante produtivo para os pescadores. Um vídeo publicado pela central de videomonitoramento exibiu uma grande captura de tainhas no Pântano do Sul, em Florianópolis.
Essa relação entre as baixas temperaturas e a presença de tainhas é respaldada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). Segundo o instituto, a migração reprodutiva das tainhas ocorre entre o fim do outono e o período do inverno.
Nessa época, os cardumes de tainhas aproveitam as correntes marítimas trazidas pelas frentes frias para migrarem dos estuários do sul do Brasil, Uruguai e Argentina, com o objetivo de desovar em águas marinhas costeiras mais quentes.
Vale destacar que a pesca desses peixes é permitida até o dia 31 de julho em Florianópolis, proporcionando um período adicional de atividade para os pescadores locais, mesmo em condições climáticas desafiadoras.