Mensagens encontradas pela polícia paraguaia no celular da empresária Dália Lopez mostram que os documentos foram pedidos para o ex-craque Ronaldinho e seu irmão Assis. O caso complica a situação do ídolo de Grêmio, Barcelona e Seleção Brasileira. Quem apresentou as provas foi o advogado de Dália Lopez, Marcos Estigarribia. Ele afirma que os passaportes falsificados não foram ingênuos presentes ao ex-jogador e ao empresário, para que pudessem lançar a biografia de Ronaldinho.
Os documentos seriam necessários para a criação de uma empresa, segundo este advogado. E com Ronaldinho e Assis ‘naturalizados’, tudo seria facilitado. Os documentos falsos seriam uma maneira de apressar a criação dessa casa de investimentos. Apesar de o advogado negar, a TV ABC Color, principal do Paraguai, assegura que a empresa teria como principal sócia Dália Lopez, que levou Ronaldinho e Assis a Assunção. Ela está com a prisão decretada e é foragida da Justiça. Seria presidente da ONG Fundação Fraternidade Angelical. Fundada no ano passado, a FFA teria como principal missão levar hospitais móveis à população carente, no interior do Paraguai. Só que o MP paraguaio chegou à conclusão que ela usava a ONG para lavar dinheiro e sonegar impostos.
Quanto a Ronaldinho Gaúcho e Assis, o caminho da falsificação dos passaportes parece já estar traçado. Graças ao depoimento da mulher do empresário Wilmondes Sousa, Paula Regina Oliveira. De acordo com Regina, Dália articulou o esquema de corrupção que conseguiu que duas mulheres tirassem seus passaportes e os entregassem à empresária, para que fossem violados. Os números dos documentos foram mantidos. Passaram a ter Ronaldinho e Assis como ‘donos dos documentos.
As mensagens de Dália no celular de Regina são provas fortes. A empresária manteve a brasileira informada porque os documentos falsos foram enviados a Wilmondes Sousa, que os repassou ao ex-jogador e seu irmão e empresário, Assis.