Para 64% dos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro errou ao demitir Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. Os números são da pesquisa feita pelo Datafolha divulgada na sexta-feira (17). Além disso, os dados mostram que Mandetta deixou a pasta com 70% de aprovação de seu desempenho no cargo. Na pesquisa publicada no site do jornal Folha de S.Paulo, 25% consideram que o presidente agiu bem ao demitir Mandetta, enquanto 11% não tinham opinião sobre a questão. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.
Bolsonaro demitiu Mandetta na quinta-feira após semanas de embate em torno da forma de condução do combate à pandemia do coronavírus. Enquanto o então ministro defendia as medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos como forma de frear a disseminação do coronavírus e evitar o colapso o sistema de saúde, Bolsonaro defendia a retomada da atividade econômica com a justificativa de tentar preservar empregos. O oncologista Nelson Teich foi escolhido como novo ministro e em seu discurso, logo após ser anunciado no cargo, disse que tomará decisões na condução do combate à pandemia com base em dados e “informação sólida”, e se disse totalmente alinhado com o presidente.
A avaliação ótima/boa de Bolsonaro na condução da crise do coronavírus oscilou positivamente, passando para 36%, ante 33% no levantamento anterior, realizado entre 1 e 3 de abril. Já a avaliação ruim/péssima oscilou 1 ponto para baixo, para 38%, e a regular foi para 23%, ante 25%. Para 52%, o presidente tem condições de liderar o país, enquanto 44% acham que ele não tem.
Ao mesmo tempo que a avaliação positiva de Bolsonaro oscilou para cima, a dos governadores oscilou para baixo, mas ainda com uma larga vantagem sobre a percepção da população em relação ao presidente, passando a 54%, ante 58% na pesquisa anterior. Apenas 7% consideram como ruim ou péssimo o desempenho de Mandetta como ministro. A avaliação regular ficou em 18%.A expectativa de melhora ou piora da situação de combate à pandemia com a troca do comando no ministério mostrou empate técnico, quando a diferença fica dentro da margem de erro.