Santa Catarina é alvo, junto com outros quatro estados e o Distrito Federal, de uma operação do Ministério Público do DF que investiga a fraude na compra de testes rápidos para a detecção do novo coronavírus.
Em solo catarinense, são cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Balneário Camboriú, Navegantes, Joinville e Ilhota.
Em SC, os mandados são cumpridos por equipes do Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os alvos são empresas e pessoas físicas, não há envolvimento de órgãos públicos no Estado.
Além de SC e DF, os estados de São Paulo, Espirito Santo, Bahia, Goiás e Paraná estão entre os alvos da operação. Os trabalhos apuram irregularidades praticadas em contratações que envolvem testes para detecção da Covid-19.
De acordo com as informações, existem fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e ainda evidências de que marcas adquiridas seriam imprestáveis para a detecção eficiente do Covid-19 ou de baixa qualidade nessa detecção. O somatório do valor das dispensas de licitação sob investigação supera o valor de R$73 milhões.
O processo corre em sigilo. Durante a operação e as investigações, o Gaeco tem tomado todas as cautelas em relação à situação de pandemia e à delicadeza do momento.