Quase R$ 8 milhões de reais foram recolhidos em cédulas falsas nos últimos cinco anos em Santa Catarina. Entre 2018 e 2022, foram identificadas e retiradas 102.793 cédulas falsificadas circulando pelo estado. O levantamento foi realizado pelo Departamento do Meio Circulante do Banco Central.
No Brasil, 2.088.801 notas falsas, de valores que vão de R$ 1 a R$ 200, foram recolhidas nos últimos cinco anos. Ano passado, Santa Catarina foi o quinto com mais notas falsas recolhidas sendo um total de R$ 936.794.
Os estados do Sul estão entre os seis primeiros em cédulas retidas. Em primeiro lugar ficou São Paulo (216.087); seguido pelo Rio de Janeiro (32.163); Minas Gerais (24.624); Paraná (12.299); Santa Catarina (10.227) e Rio Grande do Sul (9.559).
Apesar dos números altos, há um registro de queda brusca e notas falsas retidas no estado. Em 2018, o primeiro ano contabilizado, foram 34.331 notas, contra 10.227 em 2022. Segundo o Banco Central não há um estudo sobre essa redução, mas o fechamento do comércio durante a pandemia pode ter contribuído.
As falsificações de notas de R$ 100 foram as mais encontradas no comércio catarinense, principalmente as da segunda família. Nos últimos cinco anos foram 61.098 cédulas falsificadas.
No entanto, nos últimos anos, a nota de R$ 200 falsificada teve um grande crescimento no estado. Ela foi criada em 2020, para evitar um possível desabastecimento de papel-moeda durante a pandemia. No primeiro ano de circulação foram identificadas 57 falsificações. A cédula ganhou força entre os falsificadores e, já no ano seguinte, subiu para 1.232 e em 2022, chegou a 1.523 notas.
Legislação
A falsificação é crime previsto pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de três a 12 anos de prisão. Quem tentar colocar uma cédula falsa em circulação depois de tomar conhecimento de sua falsidade, mesmo que a tenha recebido de boa-fé, pode ser condenado a uma pena de seis meses a dois anos de detenção.
Com informações de ND+