Em nova etapa da operação Carne Fraca, a Polícia Federal informou que cumpre mandados de busca e apreensão em cidades de Santa Catarina. Em todo o país são 68 mandados de busca. Em SC foram cumpridos mandados em Chapecó, Capinzal, Herval do Oeste, Luzerna, Joaçaba, Videira, Blumenau, Balneário Camboriú, Florianópolis, Navegantes e Itajaí.
A Justiça do Paraná foi a responsável pelas ordens de apreensão. São apurados crimes de corrupção passiva que seriam praticados por auditores fiscais agropecuários federais em benefício de grupo empresarial do ramo alimentício. A fase foi batizada de “Operação Romano” e foi montada com a colaboração de auditores fiscais e fiscais agropecuários.
Cerca de 60 auditores fiscais agropecuários teriam sido favorecidos. Pelo menos R$ 19 milhões podem ter sido destinados para pagamentos indevidos. Os valores eram pagos em dinheiro, com a ajuda de planos de saúde e contratos fictícios firmados com pessoas jurídicas.
Temendo a repercussão da operação, a Associação Brasileira de Proteína animal divulgou uma nota.
“Com relação à 4° fase da Operação Carne Fraca, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) reitera a posição setorial pela correta investigação e esclarecimento dos fatos pretéritos.
A operação ressalta a postura do setor, que passou a investir em vigorosos programas de compliance e conformidade.
Com isto, a cadeia produtiva de proteína animal reforça seu compromisso com os consumidores e importadores do Brasil e do mundo pela transparência e pela preservação da qualidade dos produtos.”