Duas bebês nasceram, no último dia 3 em Campo Grande, Capital do Mato Grosso do Sul, interligadas pelo tórax e pela parte superior do abdômen. Juntas, Maria Julia e Luna Vitória pesam 3,8 quilos. O caso é considerado raro na medicina.
“Queremos que elas fiquem forte logo e levá-as para casa. Estamos torcendo para que tudo dê certo. Só de elas estarem vivas até agora já é uma vitória”, comenta a mãe das meninas, Alice Aparecida Silva Gil. Ela informou que descobriu a situação das filhas logo no primeiro ultrassom, em agosto de 2019. “Fiz meu primeiro ultrassom e fui informada da situação das meninas que estavam interligadas. Meu mundo e do meu esposo caiu. Sabemos que é um caso muito delicado”, diz.
O nascimento de gêmeas siamesas tem incidência de um para cada 100 mil nascidos vivos. Em geral, somente 18% dos gêmeos nessa condição sobrevivem. O caso é bastante grave e complexo. Segundo o neonatologista Walter Perez, a decisão em relação à cirurgia de separação depende da anatomia interna dos órgãos e de que forma são compartilhados.
“Nos outros casos, uma das duplas de gêmeos foi estabilizada e transferida para Goiânia. São casos raros que precisam ser estudados minuciosamente antes de tomarmos qualquer decisão”, explica o médico.