Integrantes da etnia indígena Caiapó estarão presentes em Penha no próximo dia 3 de outubro, na solenidade de lançamento do Complexo de Ciência e Tecnologia Hestia, a ser instalado no município. O evento acontecerá a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Itajaí, localizada no bairro São Nicolau, onde os caiapós acompanharão o lançamento da pedra fundamental e darão visibilidade ao primeiro produto desenvolvido pelo Instituto Hestia: uma embalagem industrial ecológica para a comercialização de castanhas colhidas pelos índios.
“Esse produto será a primeira vitrine do Instituto Hestia”, segundo informa o professor-doutor Etney Neves, diretor-superintendente do instituto e principal articular do Complexo de Ciência e Tecnologia. Além dos caiapós, demais responsáveis pelo investimento inédito na história da cidade detalharão o projeto, que visa o desenvolvimento de pesquisas e geração de produtos inovadores para o País.
Após a carta de intenções assinada em 27 de julho último, o evento do dia 3 será mais um passo para a implantação do complexo, a partir de área de 18 hectares que será cedida ao Instituto na localidade de São Francisco de Assis, bairro Nossa Senhora de Fátima, segundo informa Etney Neves. A solenidade terá participação de autoridades do campo acadêmico de todo o País, além do prefeito Aquiles da Costa, do secretário de Desenvolvimento Econômicoe Sustentável de PEnha, Max Riesemberg Bastos, entre outras lideranças.
“Mais que um centro de excelência brasileiro sem precedentes, a estrutura integra o país com os países mais industrializados, dividindo investimentos e compartilhando resultados”, observa o secretário Max. Ele destaca que teve acesso aos desenvolvimentos da Hestia e que é surpreendente as propostas e resultados atuais do grupo de pesquisa. O empenho do prefeito Aquiles em garantir os incentivos ao projeto também é elogiado pelo secretário.
Sobre a embalagem criada pelos caiapós, Max assegura que esse produto demonstra a inovação mostra o potencial da biodiversidade brasileira. “Somos um povo unido por bons ideais, e resume toda a capacidade dos pesquisadores brasileiros e de suas instituições de pesquisa, refletido a favor de mais ciência, tecnologia e inovação na vida das pessoas”.
Saiba mais
A Prefeitura de Penha irá ceder os 18 hectares de área pública ao instituto, que além da instalação, também se compromete a levar obras de urbanização, tecnologia e investimento social à localidade de São Francisco de Assis, no bairro Nossa Senhora de Fátima. Esse espaço de pesquisas projeta a construção de 14 laboratórios tecnológicos de ponta e um observatório astronômico – o que deve atrair para Penha pesquisadores de todo o País.
A expectativa da Hestia é consolidar em Penha seu centro aberto voltado aos 1,7 milhão de profissionais da área de tecnologia e pesquisa que existem no Brasil, além também de pesquisadores de todo o mundo, principalmente os países vizinhos. Idealizada a partir de 1981, a entidade foi oficialmente fundada em 2008, no formato de uma associação nacional de integração e valorização dos cientistas e pesquisadores, professores e estudantes.
O objetivo de Etney é que instituições de pesquisa do país, públicas ou privadas, se associem ao complexo e proporcionem o acesso de seus pesquisadores. Neves conta que Penha foi escolhida para a instalação devido principalmente à sua localização estratégica perto da BR 101 e de dois aeroportos, além da ótima receptividade do governo municipal.
Inicialmente, o instituto já prevê a contratação de 91 profissionais da área de ciência e tecnologia para dar suporte aos pesquisadores que visitem e usem os laboratórios. A previsão é que o complexo fique pronto no máximo em três anos, a partir da cessão de uso das terras pela administração pública. A Prefeitura analisa administrativa e juridicamente o mais correto procedimento para cessão dessa área para a construção do complexo, como também lei de incentivo fiscal para este e outros empreendimentos do mesmo gênero.