Engenheiros, prefeitura e IGP voltam a inspecionar prédio onde sacadas desabaram

Nesta segunda-feira (18), um engenheiro estrutural, contratado pelo condomínio do prédio, onde ocorreu o desabamento das sacadas que provocou a morte de duas pessoas na quinta-feira (14), realizou uma inspeção no local. Os trabalhos foram acompanhados pelo engenheiro da prefeitura de Itapema e também pelo diretor da Defesa Civil do município, Cabo Motta.

O edifício, localizado na rua 272, na Meia Praia, tinha toda documentação para executar a obra de ampliação das sacadas, aprovadas pela prefeitura. O projeto, que também previa reparos internos da edificação, foi aprovado pela Secretaria de Planejamento Urbano de Itapema.

Mesmo com todo levantamento feito pelo Instituto Geral de Perícias e equipes da Defesa Civil, ainda é cedo para apontar o que provocou a queda da laje, derrubando as quatro sacadas. No entanto, há expectativa em relação ao laudo, feito pelo engenheiro contratado pela administradora do prédio. Esse documento, que deve indicar as primeiras respostas, deve ser emitido em 10 dias.

No sábado (16), o IGP (Instituto Geral de Perícias) voltou à cena do desabamento. O órgão também está apurando as prováveis causas do acidente que resultou na morte de dois trabalhadores. Não há prazo para o laudo ficar pronto. “É difícil dizer exatamente quanto tempo levará pois depende de muitos fatores, e se trata de um caso bem complexo”, afirmou o IGP por meio da assessoria de imprensa. A Polícia Civil de Itapema instaurou inquérito.

Prédio interditado

O Residencial Primavera, situado na rua 272, no bairro Meia Praia, está interditado desde o dia do desabamento, em 14 de maio. O prédio tem quatro andares e 12 apartamentos. No momento do acidente, apenas dois deles eram ocupados. O restante era alugado na temporada de verão. Segundo Motta, uma definição quanto à possibilidade de os moradores voltarem ao prédio só sairá após os laudos técnicos apontarem se é seguro. Esses documentos devem indicar ainda se é preciso fazer a remoção das demais sacadas que já tinham sido ampliadas no prédio. O desabamento ocorreu quando os funcionários faziam o desenforme das últimas estruturas reformadas. Uma câmera de segurança registrou o acidente.