Pesquisa aponta setores promissores no mercado de trabalho de SC

A Robert Half, uma empresa de recrutamento global, publicou um estudo detalhando as faixas salariais para uma variedade de cargos em Santa Catarina. O relatório destaca um mercado de trabalho aquecido, especialmente nos setores de indústria e serviços, com demanda crescente por profissionais qualificados em Florianópolis.

O Guia Salarial 2024 da Robert Half identifica um aumento na procura por profissionais em diversas áreas, com marketing digital, tecnologia da informação, finanças e vendas técnicas liderando a demanda. A pesquisa fornece insights valiosos para empresas e candidatos, refletindo as tendências e as necessidades atuais do mercado de trabalho.

Entre os mais buscados, estão:

• Profissionais de marketing (e-commerce, dados e BI);
• Profissionais de tecnologia (consultores de implantação SAP);
• Profissionais de finanças (área de custos);
• Profissionais comerciais (vendedores técnicos).

O estudo também aborda a preferência dos profissionais por arranjos de trabalho flexíveis, contrastando com o desejo de algumas empresas de retornar ao modelo totalmente presencial. Isso é particularmente evidente no setor de tecnologia da informação, onde a flexibilidade no local de trabalho se tornou um diferencial competitivo importante para atrair e reter talentos.

Previsões salariais

O mercado de trabalho em Santa Catarina apresenta uma perspectiva promissora para o próximo ano, com faixas salariais atrativas em diversas posições especializadas. Profissionais na área de ERP podem esperar salários que variam de R$ 14.110 a R$ 23.640, enquanto gerentes de e-commerce têm uma janela de remuneração de R$ 7.450 a R$ 21.340, dependendo do porte da empresa. Analistas de Inteligência de Mercado e Contábil/Fiscal Pleno também veem faixas competitivas, com valores de até R$ 11.840 e R$ 7.570, respectivamente. Para os profissionais de vendas internas, ou Inside Sales, os salários variam de R$ 3.660 a R$ 9.860.

Procura por multilinguismo e análise de dados

O mercado em Santa Catarina está particularmente interessado em profissionais multilíngues, com o inglês sendo uma habilidade essencial. A demanda por profissionais com competência em análise de dados é crescente, o que, devido à escassez de candidatos qualificados, tem elevado os patamares salariais dessas posições. Especialistas em SAP, por exemplo, estão recebendo ofertas salariais significativamente altas, em particular PMOs e Key Users, devido à necessidade de habilidades especializadas em configurações de negócios.

Baixo desemprego e necessidade de qualificação

O estado do Sul do Brasil possui um dos menores índices de desemprego, particularmente para trabalhadores qualificados, com apenas 1,8%. Este fator, somado à elevada qualidade de vida, tem atraído profissionais de outras regiões para Santa Catarina. Contudo, a região ainda enfrenta um déficit de qualificação, com a exigência de habilidades técnicas cada vez mais avançadas. Neste contexto, a formação contínua é destacada como um elemento crucial para o desenvolvimento profissional e atendimento às demandas do mercado.

Definição de salários no mercado de trabalho

O estabelecimento das faixas salariais, conforme o Guia Salarial da Robert Half, é influenciado por uma variedade de fatores que incluem a experiência e qualificação do profissional, a complexidade da função, assim como o setor de atuação da empresa. A experiência em um cargo ou indústria específica, a demanda de mercado pelo perfil profissional, habilidades adicionais e certificações são elementos chave na determinação da faixa salarial adequada. Os níveis salariais começam com o perfil de entrada, para quem está adquirindo habilidades pertinentes, e se estendem até o nível sênior, que inclui profissionais altamente experientes e especializados.

Influência do faturamento empresarial nos salários

A classificação do tamanho de uma empresa, que é um fator relevante na determinação dos salários, baseia-se no faturamento anual. A pesquisa da Robert Half especifica que as companhias são categorizadas como pequenas ou médias (P/M) quando possuem um faturamento de até R$ 500 milhões, e como grandes (G) quando ultrapassam essa cifra. Para os escritórios de advocacia, a escala varia de acordo com o número de advogados, classificando-os como boutiques ou de pequeno porte (até 30 advogados), de médio porte (entre 30 a 150 advogados) e de grande porte (mais de 150 advogados).