Mais 18 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) voltaram para o habitat natural, na manhã desta quarta-feira, 7, na Praia do Moçambique, em Florianópolis. Eles estavam sob os cuidados da Associação R3 Animal, através do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM). Esta é a terceira soltura de pinguins-de-magalhães nesta temporada, totalizando 56 animais. Mas esse número vai aumentar, pois 11 animais vão continuar em reabilitação até que tenham condições de voltarem para casa.
Todos os anos, desde o início do inverno, os pinguins-de-magalhães saem de colônias na Patagônia, na Argentina, em busca de alimento. Eles acompanham as correntes marítimas de água fria e acabam chegando em nossas praias. Infelizmente, alguns não conseguem retornar às colônias de origem e são encontrados mortos em nosso litoral. Outros chegam às praias cansados, debilitados, desidratados, muitos com quadro de pneumonia, e necessitam de cuidados. A maioria dessas aves são juvenis, estão em seu primeiro ano de vida, e encaram a primeira viagem.
Os animais resgatados vivos pelas instituições que executam o PMP-BS são levados para Unidades de Estabilização, para depois serem transferidos para Centros de Reabilitação de Animais Marinhos, como é o caso do CePRAM.
Desses 19 pinguins, 13 foram resgatados pelas seguintes instituições parceiras em Santa Catarina: cinco vieram da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), cinco da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC/Laguna), dois foram resgatados pela equipe da Universidade da Região de Joinville (Univille) e um pelo Instituto Australis/Projeto Baleia Franca. Os outros cinco, foram resgatados em praias de Florianópolis pela R3 Animal, sendo um deles entregue no Projeto Tamar com um anzol preso ao bico.
O Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM) fica localizado dentro do Parque Estadual do Rio Vermelho, unidade de conservação sob responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA-SC) em parceria com a Polícia Militar Ambiental.
Caso encontre um mamífero, tartaruga ou ave marinha morta ou debilitada, ligue 0800 642 3341.
O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama. Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.