A Polícia Civil de Penha está averiguando uma possível situação de trabalho semelhante à escravidão, após uma denúncia de choro vindo de uma residência onde uma jovem de 19 anos atuava como empregada doméstica. Segundo informações do Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (CMBA), a jovem nunca teria recebido pagamento pelos serviços, além de ter sido vítima de agressões e proibida de manter contato com sua família.
A denúncia foi feita por uma pessoa que ouviu o choro da vítima enquanto passava pelo local. No dia 16 de novembro, a polícia foi ao local e conduziu os envolvidos para a delegacia. A jovem, originária do Acre, foi acolhida pela CMBA, recebendo apoio psicológico e conseguindo um novo emprego na região.
O delegado Ângelo Fragelli, responsável pelo caso, afirmou que a suspeita está sob investigação em liberdade. Durante a intervenção na residência, não foi identificado flagrante do crime devido a diferentes versões apresentadas. A suspeita alegou ter acolhido a vítima em sua casa, destacando que a jovem estava em situação de rua anteriormente, confirmando essa situação em seu depoimento à polícia.
Devido ao sigilo do caso, poucos detalhes foram compartilhados, e o Ministério Público de Santa Catarina informou que, embora o coletivo de mulheres tenha entrado em contato, a investigação permanece sob responsabilidade da Polícia Civil. O caso poderá ser encaminhado ao Ministério Público do Trabalho ou ao Ministério Público Federal, conforme o desdobramento das investigações.