Com o objetivo de manter os municípios que compõe o Departamento Regional da Cidasc de São Lourenço do Oeste livres da raiva, a equipe da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina – Cidasc, formada pelos médicos veterinários Milton Kasper, Sandro Volnei Rebelatto e Odirlei Facchi realizaram nos dias 20 e 26 de fevereiro e 02 de março, nos municípios de Quilombo e Campo Erê, captura de morcegos hematófagos (Desmodus rotundus) para controle populacional em propriedades da região para verificação de suspeita de raiva.
A Cidasc é a responsável pelo controle destes animais no Estado, e a orientação é que a população não tente capturá-los por conta própria. “A captura do morcego hematófago é realizada somente por profissionais do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros, devidamente capacitados, vacinados contra a raiva e equipados para tal fim”, alerta o médico veterinário da Cidasc, Milton Kasper.
As capturas são realizadas com auxílio de redes de neblina (mist-nets) em áreas de mata próximas aos abrigos ou junto às fontes alimentares. Em todas atividades houve captura do Desmodus rotundus e 03 morcegos foram coletados para envio de amostras ao laboratório para a realização de exames de raiva e desta forma atuar preventivamente se houver a circulação viral. Os morcegos capturados e que não foram coletados para amostras, receberam uma carga de pasta vampiricida sobre o dorso e foram soltos. “Os morcegos hematófagos costumam interagir com outros membros da colônia com mordidas e lambeduras. Após passar a pasta no dorso de um animal, ele é solto e retorna à colônia, acabando por contaminar outros indivíduos”, explica o médico veterinário Milton Kasper.
A região de São Lourenço do Oeste se mantém livre da doença e há 10 anos não tem notificação de caso de raiva. Kasper solicita que a população informe a localização de abrigos de morcegos vampiros ao escritório da Cidasc da sua região, como casas abandonadas, poços, debaixo de pontes, furnas e cavernas. “Estas informações são fundamentais para que a estratégia de controle populacional dos morcegos obtenha sucesso e impeça que a doença cause grandes danos à agropecuária e a saúde pública catarinense”, destaca o médico veterinário.