Com volume de chuvas de apenas 13 milímetros na região do Rio Vargem do Braço nos últimos dias, a Casan mantém o pedido de uso controlado da água na região da Grande Florianópolis. O principal manancial do Sistema Integrado de Abastecimento da Grande Florianópolis, popularmente conhecido como Pilões, está com vazão de captação praticamente 50% abaixo do normal.
Ao invés dos habituais 2 mil litros por segundo, a Companhia está captando somente mil litros do Pilões para a Estação de Tratamento de Água Pedro José Horstmann, de onde a água é distribuída para Santo Amaro, Florianópolis, Biguaçu, São José e Palhoça (que compra água da CASAN).
Para compensar a redução, a CASAN reforçou em agosto a captação de água bruta no Rio Cubatão, que tem sofrido menos com a estiagem. Além disso, desde o mês de julho um conjunto de outras ações operacionais, como o controle mais minucioso de pressão e vazão nos diferentes bairros, está permitindo manter o abastecimento neste período de escassez de chuvas.
“Nós agradecemos à população que tem colaborado com um uso bem mais consciente da água”, diz o superintendente da Região Metropolitana, engenheiro Joel Horstmann. “Mas com a previsão de uma primavera pouco chuvosa precisamos manter o pedido de economia”, ressalta.
De acordo com o superintendente, o abastecimento se mantém estável nas cidades atendidas pelo Sistema Integrado, e o monitoramento 24 horas por meio do Sistema Supervisório permite o acompanhamento e a atuação nos casos em que ocorre queda de pressão e vazão. As áreas que necessitam de maior acompanhamento continuam sendo as mais distantes da Estação de Tratamento (as chamadas pontas de redes) e as que ficam em regiões mais altas.
Como planejamento a médio prazo, a CASAN já possui em etapa de licitação o projeto que vai ampliar a captação no Rio Cubatão, tornando o Sistema Integrado da Grande Florianópolis menos dependente do Rio Vargem do Braço.